terça-feira, 20 de maio de 2008

O governo de Saddam hussein

*Quem foi Saddam Hussein?

Saddam foi um dos homens que participaram da tentativa de assassinato do general Abdul Karim Kassen, que havia derrubado a monarquia em 1958. O líder iraquiano passou um breve período no Egito, durante o qual seu partido participou de um golpe militar em Bagdá. Voltou ao Iraque a tempo de ser preso quando o Baath foi derrubado em 1964.

*Características do governo de Saddam Hussein.

Situação geográfica e superfíce - Delimitado ao Norte pela Turquia, ao Leste pelo Irã, ao Sul pelo Kuwait e Golfo Pérsico, ao Sudoeste pela Arábia Saudita e Jordânia e a Oeste pela Síria, o Iraque tem uma superfície de 438.317 km². Só tem um acesso limitado ao mar, ao Sul de seu território, pelo Golfo Pérsico.
População - Cerca de 24 milhões de habitantes, em sua maioria árabes xiitas (mais de 55% da população), seguidos por árabes sunitas (cerca de 25%), curdos (15%) e assírio-cristãos (cerca de 700 mil pessoas). Os curdos, quase todos sunitas, são cerca de 3,5 milhões de habitantes.
Capital - Bagdá, cinco milhões de habitantes.
Religião - O Islã é a religião do Estado. O poder está essencialmente nas mãos da minoria árabe-sunita, à qual pertence Saddam Hussein. Os cristãos (mais de 700 mil) são, em sua maioria, caldeus.
História - Sob governo britânico depois do fim do Império Otomano no final da Primeira Guerra Mundial, em 1918, o Iraque conseguiu a independência em 1932. A monarquia foi abolida em 1958 por um golpe de Estado militar e a República foi instaurada.
Em 1968, um novo golpe de Estado levou o partido Baath ao poder. O novo chefe de Estado, Ahmad Hassan al-Bakr, era primo de Saddam Hussein, homem forte do regime. Ele tomou o poder oficialmente em 16 de julho de 1979, acumulando as funções de chefe de Estado, primeiro-ministro, secretário-geral do Baath, presidente do Conselho de Comando da Revolução e comandante-em-chefe do exército.
Sob o domínio de Saddam Hussein, o Iraque enfrentou vários conflitos sangrentos: a guerra Irã-Iraque (1980-1988), a Guerra do Golfo (1991) e a segunda Guerra do Golfo, realizada pelas forças da coalizão anglo-americanas (março/abril 2003), que pôs fim ao regime do ex-presidente.
Instituições políticas - desde 1968, ano da tomada do poder pelo Baath, o país era regido por uma constituição que proclama que o povo iraquiano é formado por duas etnias principais, árabe e curda, e outras nacionalidades (assírios, caldeus, siríacos). A orientação econômica do Iraque é socialista. A mais alta autoridade do país era o Conselho de Comando da Revolução, presidido por Saddam Hussein desde 1979. O Conselho Nacional (Parlamento), de 250 membros, era dominado pelo Baath. Desde abril de 2003, o país é dirigido pelo administrador civil americano, Paul Bremer, acompanhado desde 13 de julho por um conselho de governo transitório, composto por 25 membros.
O país está dividido em quatro setores administrativos. No início de setembro, a Polônia tomou o controle de cinco províncias, transformando-se no terceiro país, depois dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, a comandar uma zona de ocupação no Iraque. A totalidade destas áreas é supervisionada pelos Estados Unidos.
Em 15 de novembro, um acordo foi assinado entre o Conselho de Governo e o administrador-chefe americano sobre um calendário para a passagem do poder (um governo provisório, em junho de 2004, e eleições, em 2005).
Economia / Recursos - O petróleo é o principal recurso. O Iraque é membro da OPEP e suas reservas comprovadas de petróleo, avaliadas em 113 bilhões de barris, são as segundas maiores, atrás da Arábia Saudita. Sua reservas prováveis são estimadas em 220 bilhões de barris.
O Iraque esteve sob embargo de petróleo desde agosto de 1990 (depois da invasão do Kuwait), até abril de 2003. O Iraque tinha produzido em fevereiro de 2003 uma média de 2,3 milhões de barris diários (mbd), com uma capacidade de 2,7 mbd, dos quais 1,7 mbd foram exportados.
Segundo uma resolução da ONU de abril de 1995, cuja aplicação começou em dezembro de 1996 sob rígido controle internacional, um acordo "petróleo por alimentos" permitiu financiar cerca de US$ 65 bilhões destinados a comprar alimentos e medicamentos.
Antes da guerra do Golfo (1991), a capacidade de produção era de 3,4 mbd e sua cota na OPEP, de 3,14 mbd.As reservas de gás, por sua vez, são estimadas oficialmente em 5 trilhões de metros cúbicos, entre eles 3,1 trilhões comprovados.
Dívida externa - Entre US$120 e 130 bilhões de dólares, segundo estimativas. Em outubro passado, países e instituições internacionais que participaram de uma conferência de doadores em Madri prometeram contribuir com 33 bilhões de dólares para a reconstrução do Iraque.
Forças armadas - A coalizão no Iraque, dirigida pelos Estados Unidos, está formando um novo exército depois da dissolução das forças armadas do regime deposto. O objetivo é o de formar, antes do final do próximo ano, 27 batalhões de infantaria motorizada com um efetivo de 40 mil homens.
País membro da Liga Árabe e da Organização da Conferência Islâmica (OCI).



*Xiitas e sunitas no Iraque.

OS XIITAS representam mais da metade da população iraquiana (mais ou menos 60%) e estão estabelecidos principalmente no sul do país.Depois de anos de opressão durante o regime sunita de Saddam Hussein, conquistaram ampla vitória nas eleições gerais de 30 de janeiro de 2005, chegando ao poder pela primeira vez na história do país.Sua longa exclusão do processo político em benefício dos sunitas começou nos anos 20, quando as autoridades religiosas xiitas pediram aos fiéis que boicotassem as eleições organizadas pelo ocupante britânico.A marginalização dos xiitas, que nos anos 50 eram maioria no Partido Baath e no Partido Comunista iraquiano, se acelerou nos anos 70, com o aumento do poder do clã sunita de Tikrit de Saddam Hussein.A chegada ao poder de Saddam se traduz na proibição de algumas festas religiosas, como o Ashura, e uma repressão sangrenta contra os dirigentes religiosos xiitas. O mais importante deles, o aiatolá Mohamed Baqer Sadr, foi executado em 1980.Em 1991, logo depois da derrota iraquiana na guerra do Golfo, uma revolta popular xiita explodiu na região sul do Iraque. Este amplo movimento de hostilidade ao poder foi reprimido de maneira sangrenta pelas autoridades.Somente a queda do regime de Saddam Hussein em abril de 2003 permitiu aos xiitas a prática aberta de seus rituais.Porém, os xiitas foram vítimas de vários atentados desde o início da guerra. Em agosto de 2003 em Najaf, pelo menos 83 pessoas morreram, incluindo o religioso Mohammed Baqer Hakim. No dia 2 de março de 2004, durante o luto sagrado de Ashura, mais de 170 pessoas morreram.Em 19 de dezembro, as cidades xiitas de Najaf e Kerbala são de novo alvo de dois atentados (66 mortos). Em 28 de fevereiro, Hilla, cidade majoritária xiita, é alvo do atentado mais sangrento registrado desde abril de 2003, reivindicado pelo grupo do chefe da Al-Qaeda no Iraque, Abu Mussab al-Zarqawi (118 mortos).Os xiitas formam atualmente uma comunidade não monolítica. O governo iraquiano, dominado por uma corrente religiosa majoritariamente fiel ao grande aiatolá Ali Sistani, é partidária de que sejam mantidas as forças estrangeiras, ao passo que o clérigo radical Moqtada al-Sadr, cujas tropas, o Exército de Mehdi, dirigiram no ano passado uma rebelião contra a ocupação, é um ferrenho opositor à presença dos americanos no país.O Iraque ocupa um lugar considerável no xiismo. Os elementos fundadores desta facção da fé muçulmana nasceram nesse país e seis dos 12 imãs venerados pelo xiismo estão enterrados ali, em particular Ali, primo e genro do profeta Maomé, cujo mausoléu se encontra em Najaf, e Hussein, filho de Ali e neto do profeta, em Kerbala.- OS SUNITAS buscam se apresentar como a ortodoxia frente ao xiismo, ou seja, a facção que aplica as doutrinas, normas e costumes estabelecidos pela religião. Eles se submetem à sunna ("Tradição do Profeta") e geralmente obedecem o poder instalado, inclusive se não for religioso.Uma corrente muito purista do sunismo é o wahabismo, atualmente doutrina de Estado na Arábia Saudita.Os sunitas, apesar de majoritários no Islã, são minoritários dentro da população iraquiana (entre 20 e 25%).Sempre estiveram à frente do Estado e dominaram o Exército e as forças de segurança. Sob o regime de Saddam Hussein, os sunitas se beneficiavam de sua proteção e ocupavam a maioria dos postos de comando, formando essencialmente os quadros superiores do Exército, da polícia e do Partido Baath.Relegado ao segundo plano depois da invasão americana do Iraque, em março de 2003, em benefício dos xiitas e dos curdos, a minoria sunita surge de uma subrepresentação na Assembléia devido às convocações ao boicote que fizeram a seus eleitores em 30 de janeiro de 2005, provocando a perda de influência desta comunidade.Já frustrada pelo aumento do poder dos xiitas, esta comunidade se sente alvo das inúmeras operações e detenções realizadas pelas forças iraquianas e americanas em bairros ou localidades povoadas por árabes sunitas devido à natureza de sua insurreição, formada essencialmente de sunitas.



*Relações políticas e econômicas do Iraque com os Estados Unidos nos últimos 20 anos.



*Causas e conseqüências da guerra para os dois paises.



*Atuação da ONU e da comunidade internacional no conflito.


*Atual situação política, econômica, social e cultural do Iraque.

Renan, brayan






Um comentário:

Hayla Cristian disse...

essas questões são apresentadas nessa sequência no livro de história da 1ª série do ensino médio "história-das cavernas ao terceiro milênio"´. è o que eu utilizo e estou fazendo um painel de debate sobre o assunto. seria legal se vocês postassem todos os tópicos.